O SEMINÁRIO FORO COMUNICAÇÕES NO GRUPO DE TRABALHO  
O Seminário

Indigenismos e Políticas indigenistas nas Américas – para uma análise
comparativa das relações entre povos indígenas e Estados nos séculos XX e XXI



Durante a VIII Reunião de Antropologia do Mercosul, realizada em Buenos Aires, Argentina, de 29 de setembro a 2 de outubro de 2010, foram programadas e desenvolvidas atividades interconectadas sob a coordenação de Claudia Briones (Instituto de Investigaciones en Diversidad Cultural y Procesos de Cambio, Universidad Nacional de Rio Negro); Guillaume Boccara (CNRS-EHESS, Paris, França) e Antonio Carlos de Souza Lima (LACED – Departamento de antropologia - Museu Nacional – UFRJ).

Através de um foro com a participação de mais de cem pessoas em distintos momentos, onde foram debatidos problemas recorrentes a situações indígenas muito distintas nas Américas, mas em especial aquelas dos povos habitantes do Cone Sul. Seguiram-se, ainda, um grupo de trabalho de mesmo nome, e uma mesa.

A intenção com a iniciativa foi e é a de averiguar o interesse de diferentes pesquisadores em se articularem em uma rede de interlocução que pretendemos se estenda a cada dia mais sobre o estudo e a militância em torno das relações entre Estados e povos indígenas no continente americano, matéria que tem sido de investimentos de diversos pesquisadores em distintos contextos nacionais. Tais esforços, porém, têm permanecido em larga medida isolados entre si, com pouco ou nenhum diálogo. Assim pensamos ter dado um primeiro passo para mais um espaço de interlocução sobre a relação entre os povos indígenas, os Estados nacionais em que ficaram inseridos e os regimes de alteridade a que estão subsumidos. Focalizamos especificamente o período dos séculos XX e XXI. Nossa tentativa foi a de reunir a produção intelectual que não apenas iluminasse tais relações na contemporaneidade, mas também pudesse servir à formação de novos investigadores não-indígenas e indígenas.

Esperamos poder, a partir desse investimento, trabalhar no melhor entretecimento de uma rede de estudiosos, indígenas e não-indígenas, acerca das políticas indigenistas e indigenismos, com fins de publicação interlocução e ativismo, pretendendo extrair daí publicações em que as possibilidades comparativas a cada dia sobressaiam mais.